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2 de fevereiro de 2012

ESTRATÉGIAS E MODOS REPRODUTIVOS DE ANUROS (AMPHIBIA) EM UMA POÇA PERMANENTE NA SERRA DE PARANAPIACABA, SUDESTE DO BRASIL

José P. Pombal Jr. e Célio F. B. Haddad

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Resumo: Este estudo descreve o padrão temporal, estratégias comportamentais, modos reprodutivos e a fecundidade de uma assembléia de anuros em uma poça permanente na Serra de Paranapiacaba, município de Ribeirão Branco, sul do Estado de São Paulo (aproximadamente 24°13'S; 48°46'W; 800 m acima do nível do mar). Trabalho de campo foi realizado entre janeiro e dezembro 1993, totalizando 40 noites de observação. Sete visitas preliminares foram feitas antes deste período e sete após Dezembro de 1993. Observações naturalísticas normalmente se iniciavam antes do por do sol e foram concluídas em torno de 24:00-01:00 h. Em três ocasiões, as observações duraram toda a noite. A estratégia reprodutiva mais comum entre indivíduos de diferentes espécies foi a do macho cantor, mas o comportamento satélite foi observado em algumas espécies. O padrão temporal foi prolongado para as espécies da assembléia, no entanto, algumas espécies vocalizaram apenas ocasionalmente. Seis diferentes modos reprodutivos foram observados na poça ou em suas margens. O CRC das fêmeas de diferentes espécies foi positivamente correlacionada com o volume da desova, independentemente do modo reprodutivo. O CRC das fêmeas também foi positivamente correlacionada com o número de ovos por desova, embora a correlação é mais forte para espécies com um modo reprodutivo generalista. No entanto, para espécies com modo reprodutivo especializado o número de ovos por desova não foi correlacionado com o CRC das fêmeas. A correlação significativa e positiva entre o CRC das fêmeas e o diâmetro dos ovos também foi detectada para espécies com modo reprodutivo generalista. Por outro lado, para espécies com modo reprodutivo especializado o CRC das fêmeas e diâmetro dos ovos foram negativamente correlacionados. Modos reprodutivos terrestres são possivelmente restritos a espécies de pequeno porte. Ovos grandes podem enfrentar problemas de troca de gás devido ao seu maior perído de desenvolvimento e baixa relação superfície/volume.

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