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31 de janeiro de 2012

Abiotic Correlates of Anuran Calling Phenology: The Importance of Rain, Temperature, and Season

Daniel Saenz, Lee A. Fitzgerald, Kristen A. Baum and Richard N. Conner

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Resumo: Nós examinamos as vocalizações de anuros no período noturno em oito poças no leste do Texas entre 1 de Janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2002. Temperatura do ar e pluviosidade diária também foram registradas para cada um dos sítios. O leste do Texas contém uma diversificada fauna de anuros de clima temperado e um clima que oferece uma gama de condições para a reprodução dos anuros. Durante nosso estudo, nós medimos a temperatura do ar que flutuou sazonalmente com extremos de 0-29 ºC as 21:00 h. Registramos chuva geralmente abundante com eventos de inundações ocasionais. No entanto, longos períodos de ausência de precipitação também foram registrados. Tendo em vista o nível de diversidade de anuros e a variação sazonal da temperatura e da precipitação no clima temperado, esperávamos encontrar uma variedade de estratégias reprodutivas. Os resultados de nossas análises, de fato, sugerem cinco estratégias básicas de reprodução com base na vocalização dos anuros: (1) reprodução dentro de uma temporada previsível (verão) independente de padrões climáticos locais, (2) reprodução oportunista dentro de uma temporada previsível (verão) dependente das chuvas locais; (3) reprodução oportunista dentro de uma temporada previsível (inverno) dependente da temperatura local; (4) reprodução oportunista dependente de eventos de inundação devido ao nível de precipitação; (5) reprodução oportunista durante o ano todo dependente da temperatura local no inverno e pluviosidade no verão.

Comparison of Methods for Monitoring Reptiles and Amphibians in Upland Forests of the Ouachita Mountains

Doyle L. Crosswhite, Stanley F. Fox and Ronald E. Thill

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Resumo: Nós comparamos armadilhas com cercas em série (empregando pitfalls e covo de duas bocas), armadilha de covo de duas bocas sem a presença de cercas e procura ativo por tempo limitado como métodos para a captura de répteis e anfíbios em florestas de terra firme da Ouachita Montanhas, Arkansas. Grupos taxonômicos (anuros, salamandras e squamates) foram avaliados pela diferença de susceptibilidade a determinado métodos de captura. Além disso, o sucesso de captura para os tipos de armadilhas em covo foram comparados entre diferentes classes de tamanho dos squamates. Foram amostrados um total de 91 dias, durante seis períodos de capturas entre os meses de primavera e verão de 1993 e 1994. Oitocentos e oitenta e seis indivíduos, representando 38 espécies de répteis e anfíbios, foram capturados. A padronização das capturas por unidade de esforço comum (captura/dia ou captura/pessoa-dia) mostra que a procura ativa por tempo limitado foi, em geral, o método mais eficiente, seguido pela armadilha com cercas em série e armadilha de covo isolada. No entanto, mais répteis e anfíbios podem ser capturados por armadilhas (especialmente quando associada a cercas) do que por procura ativa, devido a limitação de pessoas. Armadilhas de queda capturaram mais efetivamente anuros, salamandras, lagartos e pequenas cobras, enquanto armadilhas de covo capturaram mais efetivamente grandes squamates. Armadilhas de covo construídas em alumínio foram significativamente melhores para a captura de pequenos squamates do que armadilhas de covo construídas em malha de pano, porque os indivíduos pequenos podem passar através dos espaços existentes na malha.

30 de janeiro de 2012

Metapopulation Dynamics and Amphibian Conservation

David M. Marsh and Peter C. Trenham

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Resumo: A dinâmica espacial dos anfíbios se assemelha de muitas maneiras aos modelos clássicos de metapopulações, no qual as subpopulações aparecem e desaparecem das áreas de reprodução e as taxas de extinção e colonização estão relacionadas a distribuição espacial das áreas de reprodução. Esta visão das áreas de reprodução distribuídas como manchas é útil de diversas maneiras para a dinâmica espacial dos anfíbios. Primeiro, ressalta a importância dos processos regionais e da paisagem na determinação de padrões locais de abundância. Segundo, oferece uma estratégia direta, baseada nas áreas de reprodução, para monitorar e manejar populações. Contudo, para muitas espécies, a visão das áreas de reprodução distribuídas como manchas pode representar uma simplificação e a estrutura de metapopulação pode ser mais aparente do que real. As variações na distribuição podem ser ocasionadas por processos diferentes a extinção e a recolonização e a maioria das extinções provavelmente resultam de fatores determinísticos e não de processos estocásticos. Além disso, os efeitos do isolamento das áreas reprodutivas parecem ser importantes principalmente em ambientes perturbados e, em muitos casos, estes efeitos de isolamento podem ser melhor explicados através da distribuição de hábitats terrestres do que pela distribuição das áreas reprodutivas. Estas dificuldades têm implicações tanto para os pesquisadores, quanto para os gestores. Para os pesquisadores, os esforços futuros devem determinar os mecanismos fundamentais dos padrões de abundância, as variações na distribuição e os padrões nas populações de anfíbios. Para os gestores, as estratégias de conservação efetivas deverão considerar a característica de metapopulação e conceder uma atenção especial a qualidade do hábitat. Ainda, o deslocamento e o manejo ativo podem ser ferramentas indispensáveis para conservação dos anfíbios em paisagens que contenham múltiplas áreas de reprodução.    

Sexual Selection and Signal Evolution: The Ghost of Biases Past

Michael J. Ryan and A. Stanley Rand

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Resumo: A evolução das preferências de acasalamento das fêmeas é uma chave importante para a compreensão da evolução da diversidade de sinais. As hipóteses para explicar a evolução da preferência estão relacionadas a diferentes processos, mas todos podem produzir o mesmo resultado final: assim comparações de características e preferências existentes dentro e entre populações têm feito pouco progresso em discriminar entre as hipóteses concorrentes. Algumas dessas hipóteses, no entanto, fazem previsões diferentes quanto à seqüência histórica da evolução dos critérios de preferência, e assim podem ser discriminados com análises filogenéticas apropriadas. Vamos explorar esta abordagem em uma análise da evolução das vocalizações e das preferências acústicas em um grupo monofilético de rãs, o grupos de espécies Physalaemuspustulosus. Neste subtipo, há preferências pré-existentes para quatro tipos de vocalização. Os dados rejeitam hipóteses que invocam coevolução (bons genes, seleção sexual) e fêmeas ajustando as preferências para escolher machos que proporcionem melhores recursos. Por outro lado, os dados sustentam a hipótese de exploração sensorial, sugerindo que os machos desenvolvam características que correspondem a critérios de preferência pré-existentes no sistema sensorial das fêmeas. Sugerimos que algumas das dificuldades na compreensão da evolução da preferência pode derivar da definição de uma preferência apenas por aqueles estímulos existentes que provocam a preferência. Nossos resultados sugerem que as preferências podem ser mais gerais, e que a diversidade de sinal pode surgir a partir de meios alternativos para provocar a mesma preferência. Além disso, discutimos algumas dificuldades com a utilização de comparações populacionais e de abordagens filogenéticas, sugerindo que o maior progresso será feito ao abordar evolução da preferência em vários níveis de análise.

26 de janeiro de 2012

Paedophryne amauensis

O Jornal do Meio Ambiente (fonte BBC Brasil) divulgou no dia 12-01-12 uma reportagem sobre a descoberta da "possível" menor rã do mundo, Paedophryne amauensis (foto). A nova espécie foi encontrada na Papua Nova Guiné. Estes pequenos anuros possuem cerca de 7,7 mm de comprimento e vivem na camada de folhas e detritos que cobrem o solo (serrapilheira). O artigo que envolve a descrição desta espécie foi publicado na revista científica PloS One e pode ser baixado gratuitamente aqui.

Existem alguma divergência sobre se realmente esta espécie é a menor rã do mundo e, talvez, o menor vertebrado do mundo. No entanto, para ciência este tipo de discussão pouco acrescenta o conhecimento. Importante é descobrir novas espécies e continuar montando o quebra cabeça ecossistêmico.

O link para a reportagem completa segue abaixo:

http://jornalmeioambiente.com/materia/1603/cientistas-encontram-menor-ra-do-mundo-em-papua-nova-guine